Na baía da Ilha Grande todavia encontramos muitas áreas ainda preservadas de Mata Atlântica. O desenvolvimento da região fez com que a pressão antrópica colocasse em risco a biodiversidade. Um dos fatores fundamentais é a maneira como se dá a interação entre homem e animal.
Quando o animal é visto como objeto e não compreendido como ser senciente (sente dor, medo, sofre), que está inserido em uma complexa teia de relações , é comum o homem ser responsável por desencadear ações de desequilíbrio. Neste sentido, disseminamos o pensamento de que animal não é coisa, de que seu bem-estar tem que ser garantido através da posse responsável e que assim contribuimos para a preservação da biodiversidade e a saúde ambiental como um todo (ex.: controle de zoonoses).


12 setembro 2010

Diogo Váz - Fotos da ação

Mapa da Baía de Paraty



Entre o primeiro contato com os moradores do Saco do Fundão, até a realização da última cirurgia, se passaram dois meses. Com isto, realizamos a primeira etapa do trabalho, que consiste básicamente em conhecer a comunidade e controlar a reprodução dos animais domésticos na região, esterilizando cirúrgicamente os animais.






Para ter acesso à região, é necessário chegar à Praia das Almas, cujo acesso só é possível a pé ou de Jeep, e depois pegar uma canoa ou voadeira. Nesta primeira visita à Dona Dalva, o Sr. Avel e a Dona Neda nos levaram em sua canoa e nos acompanharam até o local.







Ao chegar no Pontal do Fundão, pegamos uma trilha até a casa da Dona Dalva, em Diogo Váz, aonde ela tem 13 gatos.





Conversando com a "Gateira" Dalva, nos informamos sobre sua realidade. Esta senhora vive no meio da mata, em uma casa de pau a pique (danificada por conta do desabamento parcial do telhado). Sua única companhia são seus gatos.
Ela também relatou como seus animais de companhia caçam pássaros, lagartos e outros bichinhos.


Passados alguns dias, os animais foram capturados com gatoeiras especiais e a equipe voltou ao local para realizar os procedimento cirúrgicos.



Dona Dalva acompanhou tudo bem de perto....


















E depois do trabalho nos convidou a saborear uma deliciosa comidinha preparada em seu fogão a lenha...









...voltamos ao local para informar-nos sobre o estado dos "pacientes" e esterilizar um macho que havia escapado da gatoeira.

Partimos com a sensação de haver cumprido a primeira etapa deste longo processo de troca de conhecimento com a comunidade do Saco do Fundão.

Um comentário:

  1. Fantástico o trabalho de vocês, fico feliz em ter podido ajudar um pouquinho... Só para finalizar o post, os gatinhos todos se recuperaram e passam muitíssimo bem! =^..^=

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