Na baía da Ilha Grande todavia encontramos muitas áreas ainda preservadas de Mata Atlântica. O desenvolvimento da região fez com que a pressão antrópica colocasse em risco a biodiversidade. Um dos fatores fundamentais é a maneira como se dá a interação entre homem e animal.
Quando o animal é visto como objeto e não compreendido como ser senciente (sente dor, medo, sofre), que está inserido em uma complexa teia de relações , é comum o homem ser responsável por desencadear ações de desequilíbrio. Neste sentido, disseminamos o pensamento de que animal não é coisa, de que seu bem-estar tem que ser garantido através da posse responsável e que assim contribuimos para a preservação da biodiversidade e a saúde ambiental como um todo (ex.: controle de zoonoses).


30 janeiro 2010

Matéria publicada no ECO - janeiro 2010


Cães e Gatos
Um Problema Que Requer Soluções

Mais uma vez, na Ilha Grande, foi realizada uma campanha de castração de cães e gatos. Foram castrados vários cães e gatos – tanto machos como fêmeas.
Quem acha que campanha de castração visa somente o controle da população destes animais, está enganado:
junto aos procedimentos cirúrgicos, a população local também é sensibilizada quanto à necessidade iminente de reavaliar o seu relacionamento com seus bichinhos de estimação e a resposabilidade que implica a sua posse.
Encabeçada pelo Médico Veterinário Milson Sousa Jr., a equipe que vem se dedicando à questão da interligação entre o meio ambiente e a relação homem-animal em áreas de proteção ambiental. Atuam nas regiões costeiras da baía da Ilha Grande (municípios de Angra dos Reis e Paraty).
No dia 23.01.2010, na sede do Jornal O Eco, foi realizada uma atividade para trocar experiencias e escutar a opinião dos moradores sobre estas questões. O grupo presente concorda com a necessidade de sensibilizar a população na Vila do Abraão e se propos a ajudar a preparar e executar as próximas ações na Ilha.

„Cada região tem a sua peculiaridade: no Mamanguá existe um grande problema com os gatos ferais (animais abandonados, que depois se tronaram selvagens), enquanto que na Ilha Grande, aparentemente, o maior problema é com os cães. Estes podem se transformar em ferais e interferir negativamente na biodiversidade do parque“, diz o médico veterinário.

As campanhas no Mamanguá tem sido fortemente apoiadas pela população local. O Sr. Licínio, morador antigo e grande amigo dos animais, acompanha a equipe ajudando sua inserção na s comunidades. Uma empresária paulista apoia com recursos logísticos e financeiros as ações em toda a região costeira. Vendo a importância deste trabalho, a prefeitura municipal de Paraty coloca à disposição da equipe, toda estrutura necessária para a realização dos procedimentos.

Está planejado realizar este trabalho mensallmente e o engajamento da comunidade é fortemente necessário. Nestes dias, voluntários para os trabalhos não técnicos, serão muito bem vindos! Informe-se com os integrantes da Associação de Proteção aos Animais da Ilha Grande (APAIG) ou na sede do jornal sobre as próximas datas.



Verena Strauss
Publicado na edição de Janeiro 2010 do Jornal O ECO – Ilha Grande